quarta-feira, 30 de novembro de 2016

INTRODUÇÃO À LITERATURA PORTUGUESA

INTRODUÇÃO À LITERATURA PORTUGUESA

1.            Quadro sinóptico (ou sinótico) da Literatura Portuguesa




Era medieval
de 1189 ou 1198 a 1418 ou 1434: Trovadorismo (Primeira Época Medieval);

de 1418 ou 1474 a 1527:
Humanismo (Segunda Época Medieval)

Era clássica
de 1527 a 1580: Classicismo;
de 1580 a 1756: Barroco;
de 1756 a 1825: Arcadismo.

Era Romântica ou Moderna
de 1825 a 1865: Romantismo;
de 1865 a 1890: Realismo-Naturalismo;
de 1890 a 1915: Simbolismo;
de 1915 em diante: Modernismo.

2.            Resumo da história que antecede à fundação do reino de Portugal:

2.1. Antiguidade no território que hoje pertence à Itália:

Ocupação do Lácio, terra de origem do Latim, uma das línguas itálicas.
Fundação de Roma no território em que hoje fica a Itália.  (A Eneida, de Virgílio, conta que Eneias, filho de Vênus e do mortal Anquises, teria saído de Troia, que estava em chamas, e teria ido a uma terra para fundar uma nova Troia. Depois de aventuras, chega ao Lácio.)
Complementar a este mito é a história dos gêmeos Rômulo e Remo: Primeiramente, o filho de Eneias, Ascânio, teria fundado uma cidade a que chamou Alba Longa. Após uma longa sucessão de dozes reis, por cerca de quatro séculos, chegamos ao monarca Númitor, cuja filha, Reia Sílvia, deu à luz os gêmeos Rômulo e Remo, frutos de um envolvimento amoroso com o deus Marte, deus da guerra.
O irmão do rei Númitor, Amúlio, com ambições ao trono, obrigou sua sobrinha a tornar-se uma vestal, uma sacerdotisa virgem da deusa Vesta e mandou que os gêmeos fossem atirados nas águas do rio Tibre. Eles, entretanto, foram salvos milagrosamente e amamentados por uma loba, a loba Capitolina.  Já adultos, ambicionaram fundar uma nova cidade às margens do rio Tibre. Posteriormente, Rômulo acabou matando o irmão e fundando a cidade de Roma, e assim se tornou seu primeiro rei em 753 a.C..
Os mitos de Eneias e de Rômulo e Remo têm um significado crucial na construção do imaginário do povo romano, pois, através destes mitos, os romanos acreditavam-se vinculados diretamente à deusa Vênus, deusa do amor e da fertilidade, e ao deus Marte, deus da guerra. Julgou-se por muitos séculos que o poderio de Roma provinha do favorecimento dos deuses imortais e que o povo romano sobrepunha-se aos demais pela ascendência duplamente divina.
Historicamente, não se sabe ao certo como se deu a fundação de Roma. Uma das hipóteses é que teria sido fundada pelos etruscos, povo que viveu na Itália, na região ao sul do rio Arno e ao norte do Tibre, então denominada Etrúria e mais ou menos equivalente à atual Toscana, com partes no Lácio e na Umbria. É desconhecido quando os Etruscos aí se instalaram, mas foi provavelmente entre os anos 1200 e 700 a.C..  O historiador grego Heródoto (485?-420 a.C.) julgava que os etruscos tinham origem na Ásia Menor, mas outros escritores posteriores consideravam-nos italianos.
Expansão de Roma, que chega à Lusitânia, onde se impõe o Latim.

2.2. A Antiguidade do território que hoje pertence a Portugal:

Ocupação da península ibérica pelos iberos antes da chegada dos romanos.
Colonização romana da Lusitânia, que, antes da chegada de Roma, era ocupada por celtas.  De acordo com a lenda, o herói Viriato teria resistido à dominação romana.
Curiosidade: Reza a lenda que os lusitanos eram filhos de Luso ou Lisa, filhos de Baco, deus romano do vinho.

2.2.1. Fatos que antecedem a Idade Média:

330, século IV: O imperador Constantino transfere a capital do Império para Constantinopla (atual Istambul, capital da Turquia).
380, século IV: O Cristianismo torna-se a religião oficial de Roma.
395, século IV: Divisão do Império Romano em dois: o do Ocidente e o do Oriente.

3.      A Idade Média:

3.1. A Alta Idade Média (restante da Europa):

Influência teológica de Santo Agostinho (354-430), representante da Patrística e divulgador das ideias de Platão.
476, século V: Fim do Império Romano do Ocidente por causa da queda de Constantinopla.
526, século VI: Fim da  Academia de Platão, em Atenas, e fundação da Ordem dos Beneditinos.
Existência de três impérios:
Carolíngio;
Islâmico;
Bizantino.
Invasões dos visigodos e outros povos bárbaros nas terras lusitanas.
Século VIII: Invasão dos árabes (mouros) na Espanha.
Início das cruzadas (marco do fim da Alta Idade Média).

3.2. A Baixa Idade Média (Europa), no séc. XI:

Influência de São Tomás de Aquino (1227-1274), representante da Escolástica e divulgador das ideias de Aristóteles.
Séc. XI: Existência de dois reinos na Península Ibérica: o de Leão e o de Castela.
Fins do séc. XI: Dom Afonso VI, que governava o reino de Leão, recebe a ajuda de dois nobres da Borgonha (região de França): Raimundo e Henrique, que ajudaram a expulsar os árabes. Raimundo casa com Urraca, filha do rei de Leão, e recebe o governo da Galiza; Henrique casa com Teresa, também filha do rei de Leão, e recebe o governo do Condado Portucalense.
1114: Morre Henrique. Teresa, viúva, casa-se com o governador da Galiza. O povo do Condado Portucalense não vê isso com bons olhos.
Séc. XII: O filho de Henrique e Teresa, D. Afonso Henriques, assume o governo do Condado Portucalense, sem se desligar do reino de Leão, à custa de uma batalha entre mãe e filho.
1139, séc. XII: Batalha de Ourique, em que D. Afonso Henriques derrota tropas árabes.



4.      Fundação do reino de Portugal (séc. XII):


1140: D. Afonso Henriques assina documentos como rei de Portugal.

1143: O reino de Leão reconhece a independência de Portugal.

1179: O Papa reconhece D. Afonso Henrique como rei de Portugal.


Referências bibliográficas:

ALVES, Ida et al.. Literatura Portuguesa II. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2013.

COTRIM, Gilberto. História Global — Brasil e Geral.  8. ed.  São Paulo: Saraiva, 2005.

GAARDER, Jostein.  O Mundo de Sofia.  (Tradução da versão alemã feita por João Azenha Jr.)  67ª reimpressão.  São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

INFANTE, Ulisse. Curso de literatura de língua portuguesa. São Paulo: Scipione, 2001.

OLIVEIRA, Ana Tereza Pinto de; REIS, Benedicta Aparecida Costa dos.  Minimanual Compacto de Literatura Portuguesa: teoria e prática.  1ª edição.  São Paulo: Rideel, 2003.

WILTISHIRE, Maria Lúcia et al.. Literatura Portuguesa I. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2013.

Outras referências:



“História de Portugal (vol I)” (de José Saraiva). In: YouTube. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=BdB9iPKewrw>.

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